Sua vida é cheia de liberdade, fantasia, música, rituais fantásticos, amores tempestuosos e heroísmo. Se movem como sol e a lua. São nômades. As lendas mais antigas, falam que o povo hoje chamado de cigano originou-se dos descendentes dos anjos caídos que se juntaram com as "filhas dos homens", conforme o Livro Apócrifo de Enoque.
Pelo mundo todo existiram e existem ainda diversas teorias científicas sobre a origem dos ciganos, muitas delas interessantíssimas. A
etnia surgiu na Índia e se dispersaram há mil anos, quando rumaram para a
Europa e o Oriente Médio.
Até hoje, os ciganos falam o Romani, uma língua própria, inclusive com alguns dialetos específicos, como o caló e o sinto. Mesmo esses dialetos, apesar de influenciados pelas línguas e culturas dos países por onde os ciganos passaram, conservam ainda forte ligação com o romani. Nos
séculos XVI e XVII foram expulsos de vários países e passaram a ser associados
aos criminosos, aos propagadores de epidemias e aos ladrões. A história desse
povo foi marcada também por perseguições e preconceitos durante a sua dispersão
pelo mundo. Foram escravizados, jogados na fogueira, enforcados, expulsos,
caçados e etc. Foram considerados inimigos da Igreja, a qual condenava as
práticas ligadas ao sobrenatural, como a cartomancia e a leitura das mãos que
os ciganos costumavam exercer. Assim, de nômades por natureza, passaram a ser nômades por necessidade de sobrevivência.
Texto com base "Ciganos, Os Filhos do Vento (1999) por Lourivaldo Perez Baçan"
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